Nossa Convidada para a entrevista de Abril

Nossa Convidada para a entrevista de Abril.

Essa fantástica e excepcional profissional Designer de Interiores Rosa-Nina, que vem demonstrando seu trabalho com muito profissionalismo e dedicação.

Para nós da Penedo é um grande prazer estrear nosso novo site com essa entrevista. 

Rosa-Nina Liebermann possui uma trajetória cosmopolita e um olhar multidisciplinar. Sua formação plural abraça diferentes áreas, o que se reflete de forma nítida na natureza de seus trabalhos.

Formada em Design de Interiores, com licenciatura em Artes Visuais, MBA em Comunicação e Mídia e pós-graduada em Psicopedagogia e Neurociências, a designer traz em seu DNA uma bagagem cultural e profissional de 20 anos de vivencia em Hamburgo, Alemanha.

Diretora artística da Liebermann Projetos Criativos, revela em seu histórico projetos que mesclam referências históricas da arte e do design á uma linguagem autoral de altíssimo valor estético. 

Liebermann Projetos Criativos

Concepção e curadoria de projetos artísticos.

 

Rosa-Nina Liebermann

27.99995 3501

 

@lpcriativos

@studioliebermann 


Qual foi sua vivência mais marcante com a decoração? 

Minha experiencia mais marcante foi de fato o início da minha carreira em 98, quando comecei como estagiária numa produtora de filmes em Hamburgo, na Alemanha.

Lá eu aprendi com os feras a montar do zero um ambiente de acordo com a descrição do personagem passada pelo diretor. 

Isso foi uma escola incrível pois cada personagem necessitava de um mundo completamente distinto do outro, com paletas de cores totalmente diferentes, peculiaridades e características próprias. 

Ter a oportunidade de exercitar isso na televisão me trouxe uma riqueza muito grande em conhecimento de estilos e cores, mas o maior ensinamento que a cenografia me trouxe e que sigo religiosamente até 

hoje é de que cada pessoa ou grupo que vai ocupar e viver naquele espaço precisa se identificar com o ambiente.

Não se trata de impor o seu estilo, mas sim respeitar a história do cliente e a partir dali desenvolver algo com ele, para que ele veja o resultado final e diga com todas as letras, isso aqui sou eu, absolutamente, eu. 

 

Como foi a experiência de trabalhar na Alemanha? 

Os alemães tem de fato uma postura única em relação ao trabalho.

Eles brincam com esse ditado mas é a mais pura verdade, o alemão não trabalha para viver, ele vive para trabalhar.

Claro, lá também existem as exceções, mas são poucas. 

Faltas ao trabalho ou atrasos de 10 minutos, relativamente normais aqui no Brasil, são basicamente inaceitáveis por lá, o que eu pessoalmente, acho muito agradável.

Ter tido a oportunidade de começar a minha vida profissional e vivenciar isso por 20 anos foi uma escola incrível e me sinto privilegiada por poder ter tido essa base rígida.

Sinto que no Brasil as coisas estão melhorando muito em relação a atraso, até porque o mundo globalizado cobra isso.

Muitos profissionais daqui já estão trabalhando de forma digital com clientes no exterior e as reuniões online que se tornaram praxe desde o início da pandemia, também  estão cobrando muito essa pontualidade, o que é  um ótimo exercício. 

 

Como você vê o futuro da profissão ou a profissão no futuro? 

Como toda profissão, a área do Design também está se transformando e se digitalizando numa rapidez incrível. 

Hoje você tem aplicativos que fazem muita coisa, e eles terão cada vez mais força e espaço na vida dos clientes, mas nada nunca substituirá a sensibilidade humana. 

Penso que no futuro, os profissionais passarão por uma espécie de peneira, uma seleção natural, digamos assim. 

Com excesso de profissionais no mercado, o que acontece hoje é que muitos não criam, não tem ideias próprias, eles simplesmente copiam e colam o que encontram nas mídias sociais, e assim muitos projetos são parecidíssimos um com os outros como se fosse tudo um só pudim.

Eu penso que em um futuro não muito distante, somente aqueles com forte sensibilidade artística, profundo conhecimento em áreas como história da arte e do design, irão criar projetos autênticos e de fato autorais. Esses profissionais nunca serão substituídos por um aplicativo. 

 

Como nasceu sua paixão pela profissão? 

Sou filha de uma artista plástica, a pintora Heidi Liebermann.

Fui basicamente criada dentro de um atelier. Não só engatinhava entre os pincéis, como também mais tarde, já com 6, 7 anos, vivia dando palpite sobre qual cor deveria ser colocada em qual parte da tela.... e assim a coisa foi evoluindo.

Minha mãe me envolvia em tudo, com 11 anos eu ajudava a montar exposições e assim fui desenvolvendo um " feeling" muito forte para a ocupação e a estética dos ambientes. Foi algo muito natural.

Minhas amigas da escola me chamavam para ajudar a decorar o quarto delas e quando percebi já estava fazendo um estágio no setor de cenografia de uma produtora de filmes alemã. 

 

Como foi trabalhar com as tintas Penedo? 

Sempre achei muito importante dar prioridade a empresas do Estado, acho legal a força que essa proximidade pode trazer.

Isso te faz ganhar tempo, você é mais facilmente socorrido nas "emergências", e evita transportes longos, o que é excelente para o meio ambiente.

Hoje você vê essa tendência acontecendo em todas as áreas, a preferência por fornecedores locais. 

Quem me apresentou a Penedo foi o Jackson, o pintor que estava fazendo um projeto meu. Ele disse que trabalhava com a marca e gostava muito. Estou sempre aberta para novidades, precisava de muito material, tinha um orçamento apertado e achei a alternativa interessante, uma vez que a Penedo é imbatível nos preços. 

Pedi pra conhecer o proprietário e dois dias depois Ricardo apareceu na obra, isso não acontece com uma empresa de fora! Apresentei meu projeto e ele logo me conectou com toda equipe. Me senti extremamente abraçada, não foi um atendimento mas sim um acolhimento. 

 

Como foi para você poder trabalhar com uma linha de cores exclusiva da Penedo? 

Desenvolvi um trabalho extremamente minucioso com a Michele, a química de Penedo, que aliás é incrível. Ela me deu a possibilidade de realmente testar as cores no local e ajustar de acordo com a iluminação de cada espaço.

Eu nunca imaginei poder trabalhar de forma tão "à lá carte" com uma empresa de tintas.

É basicamente como comprar um terno pronto ou mandar fazer um, exatamente com as suas medidas. Foi uma experiência excelente e não abro mão dessa parceria por nada. 

 

Muitas pessoas reclamam que sem muito dinheiro não é possível ter acesso à boa arquitetura. O que você pensa sobre isso? 

Sempre fui da opinião de que com criatividade e um pouco de coragem para arriscar, você consegue fazer coisas incríveis. Estar aberta para novas alternativas, sair do lugar comum, isso ajuda muito quando você precisa desenvolver algo com orçamento apertado. A Penedo é um exemplo disso.

Muita gente usa somente tinta X e Y por não conhecer outras marcas, mas é necessário sair daquela zona de conforto, deixar se surpreender, criar novos vínculos. 

 

Qual projeto é sua “menina dos olhos”? 

É claro que cada projeto tem um significado, mas confesso que tenho um carinho especial pelo Centro Cultural Sesi Espírito Santo.

Ser convidada para desenvolver a concepção artística de todo um centro cultural é o sonho de qualquer designer. Tive total liberdade artística para criar e desenvolver o conceito e penso que isso se refletiu no resultado.

Sou grata a Marcelo Lages, diretor do Sesi Cultura, e toda sua equipe, por entender a importância da liberdade no processo criativo.

Foi um projeto enorme, colorido, cheio de ideias autênticas e ambientes que são pura inspiração. Devido a pandemia, o Centro Cultural não teve oportunidade de abrir de forma plena e estamos ansiosos para que o espaço possa ser vivenciado em toda sua grandeza pelo público. 

Conte como é o processo criativo de seus projetos!

Vivo de olhos bem abertos.

Observo tudo; a natureza, a moda, a vida urbana.

Estar rodeada de arte também tem uma influência enorme, reflito muito sobre as cores nas pinturas, aliás, tudo para mim parte da cor, a cor é sempre a coluna vertebral do meu projeto, a linha que guia tudo.

Posso encontrar um objeto na praia, na rua, que tenha uma cor incrível, e aquilo alí se torna o ponto de partida estético do projeto.

Isso já aconteceu algumas vezes, e o resultado foi sempre muito interessante.

O cotidiano está cheio de inspiração e é importante manter a sua sensibilidade aguçada para conseguir enxergar. 

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